sábado, 26 de novembro de 2011

Inovando em plena guerra

É bem provável que, você, assim como vários outros jogadores, já saiba o que esperar de um jogo de tiro em terceira pessoa quando ele é anunciado. Afinal, não poderia ser diferente, já que a indústria do entretenimento eletrônico vem aproveitando uma mesma fórmula de sucesso há um bom tempo. Ou seja: tiros, guerra e a vitória gloriosa do bem contra o mal.
Quando Spec Ops: The Line foi anunciado, durante a Electronic Entertainment Expo (E3) de 2010, muitos acreditaram que se tratava de mais um título convencional para o gênero. Entretanto, após 18 meses sem falar praticamente nada sobre o game, a 2K Games, responsável pela distribuição, decidiu trazer novidades que deixaram todos impressionados. The Line mudou bastante após esse longo período e agora se destaca como um dos grandes games de tiro, graças ao seu excelente foco na narrativa cinematográfica.
O apocalipse é agora
Tudo se inicia com o Cel. John Konrad, líder dos Damned 33rd, que parte para Dubai com uma simples missão: resgatar civis de uma devastadora tempestade de areia. A missão vai bem até o momento em que Konrad e os sobreviventes estão prestes a sair de Dubai, quando são atingidos por outra tempestade ainda mais intensa. Depois disso, nunca mais se ouviu falar de ninguém.
É aí que você, na pele do Capt. Martin Walker, se junta a um grupo de soldados para tentar encontrar algum vestígio de Konrad e os civis, já quem um misterioso sinal de rádio surgiu diretamente da região onde eles estavam.
Mas, o que era para ser apenas uma missão de resgate acaba se tornando uma verdadeira prova de sobrevivência. Tudo está muito pior do que parecia, e o jogador confere o desenrolar de todos os acontecimentos em um estilo cinematográfico bem semelhante à série Uncharted, que é exemplo nisso. Coincidentemente, Martin Walker é dublado por Nolan North, que interpreta Nathan Drake na série de aventura da Naughty Dog.
Sendo assim, espere por cenas de corte com transições inteligentes para os momentos de jogabilidade e vários momentos surpreendentes, em que a câmera sacode e traz ângulos artísticos.
Pense bem no que vai fazer
Fora a trama cinematográfica, a profundidade de The Line também é reforçada por uma das novidades mais quentes do gênero: o sistema de escolhas morais. O título faz o bom uso do recurso adequadamente utilizado por games como Mass Effect para criar uma imersão ainda maior, fazendo com que o jogador realmente se sinta como parte integrante do game.
Em um dos momentos, por exemplo, você deve escolher se deseja matar um pai, que roubou água para sua família, ou um soldado, o qual foi responsável pelo captura do ladrão de água e pelo assassinato da família dele. O que você faria? Mataria o “ladrão” ou eliminaria um membro de seu próprio time? Essa é apenas uma das escolhas difíceis que serão encontradas em The Line.
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Momentos como esse já mudam a atmosfera de The Line, passando de um convencional e despreocupado jogo de tiro para algo muito mais emocional. Até mesmo as finalizações do game, que são tão brutais como as que encontramos em Gears of War 3, podem ser consideradas como desnecessárias pelo jogador que já viu, dentro do próprio game, os verdadeiros terrores da guerra.
Nas partes de combate, você poderá optar por uma abordagem mais direta, aproveitando o sistema de cobertura e de tiros “às cegas” do game para poder sobreviver. Além disso, é possível comandar seus companheiros com o simples toque de um botão, com ordens que podem ser essenciais para o sucesso de seu time.
Fora isso, The Line também oferece uma aproximação mais furtiva. O jogador pode utilizar o botão R1 (RB no Xbox 360) para marcar os inimigos. Com isso, seus companheiros de esquadra equipam os silenciadores e finalizam o oponente sem muito alarde.
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Spec Ops: The Line ainda terá um componente multiplayer, embora maiores detalhes ainda não tenham sido divulgados. Resta esperar para conferir se teremos apenas os tradicionais modos “mata-mata” ou se a Yager, responsável pelo desenvolvimento, também vai inovar nesta modalidade.
O jogo chega às lojas em algum momento em 2012, nas plataformas PlayStation 3 e Xbox 360 — existem chances do jogo chegar também ao PC

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